Prisão de Hackers liga alerta para o Crime Cibernético Internacional

As autoridades dos Estados Unidos e da França anunciaram a prisão de cinco pessoas suspeitas de envolvimento em crimes cibernéticos de grande escala. Entre os detidos está Kai West, um britânico de 25 anos acusado de liderar ataques hackers que, segundo investigações, causaram mais de 25 milhões de dólares em prejuízos.

De acordo com o Departamento de Justiça dos EUA, West atuava online sob o nome IntelBroker e seria o responsável por uma série de invasões a sistemas de empresas e órgãos públicos. As vítimas incluem uma operadora de telecomunicações, um serviço municipal de saúde e até um provedor de internet. Em um dos casos mais graves, ele teria tentado vender dados confidenciais de pacientes, como nome completo, número do Seguro Social, data de nascimento e informações de saúde.

As investigações apontam que West fazia parte de um grupo chamado “CyberN[——]” (nome abreviado devido a ofensas racistas), que atuava em fóruns da deep web. Um desses fóruns, o BreachForums, foi um dos maiores pontos de encontro de hackers da atualidade — local onde dados roubados e ferramentas de invasão eram negociados. O BreachForums já havia sido fechado pelas autoridades em 2023, mas foi reativado e novamente encerrado em 2024, após novas investigações.

Além de West, outras quatro pessoas ligadas ao grupo também foram presas recentemente na França. Elas são suspeitas de operar o BreachForums e de integrar outro coletivo hacker conhecido como “ShinyHunters”, famoso por divulgar grandes vazamentos de dados na internet.

Kai West foi preso em fevereiro e agora aguarda extradição para os Estados Unidos, onde responde por diversos crimes, incluindo invasão de sistemas, fraude eletrônica e roubo de informações protegidas.

Apesar do avanço das autoridades, o caso chama atenção para a crescente sofisticação dos crimes digitais e reforça a importância da cooperação internacional no combate a esse tipo de atividade. O fechamento do BreachForums, embora significativo, é apenas uma parte da batalha contra o cibercrime — que continua evoluindo em ritmo acelerado.