Policia invade casas de supostos hackers que atacam sistema hospitalar

A polícia alemã e ucraniana invadiram as cassa de indivíduos ligados a um suposto grupo de cibercriminoso que roubou milhões de grandes empresas e organizações ao longo de vários anos. No mês passado, as autoridades trabalharam juntos a Europol e o FBI, para investigar as residências dos membros do grupo de hackers, que atende pelos nomes Indrik Spider, Double Spider e Grief.

Utilizando o seu ransomware DoppelPaymer, o grupo aplicou um ataque no Hospital Universitário de Düsseldorf em 2020. Na época, a polícia alemã culpou o ataque pela morte de um paciente que teve que ser transferido para outro hospital devido à corrupção em todo o sistema. E realizaram também um ataque ao Serviço Nacional de Saúde do Reino Unido em 2017 e assumiu a responsabilidade pelo ataque de ransomware de 2021 à National Rifle Association. A notícia foi divulgada anteriormente pela Associated Press

O ataque funciona da seguinte forma, o grupo cibercriminoso distribui ransomware por meio de e-mails contendo documentos com código malicioso, concedendo-lhes acesso aos sistemas de um alvo após o download, logo depois, o ransomware começa a vazar dados confidenciais da empresa, a menos que receba o pagamento. A Europol estimasse que as vítimas dos ataques do grupo cibercriminoso nos EUA pagaram pelo menos € 40 milhões entre maio de 2019 e março de 2021, enquanto as autoridades alemãs contabilizaram 601 vítimas no total.

No dia 28 de fevereiro, as polícias alemã e ucraniana realizaram simultaneamente batidas nas casas pertencentes a dois supostos membros. No entanto, as autoridades ainda não efetuaram nenhuma prisão e os suspeitos foram libertos após interrogatório, disse ao The Verge Daniela Dässel a porta-voz da Força Policial Estadual da Renânia do Norte-Vestfália (NRW) da Alemanha.

Enquanto isso, três russos ligados ao grupo seguem sendo procurados pelas autoridades internacionais. Tanto a Alemanha quanto a Ucrânia estão atualmente analisando as evidências apreendidas para localizar outros membros do grupo e determinar seus papéis.

“Os perpetradores podem ter certeza de que a luta contra esse crime não para nas fronteiras, mas ocorre além das fronteiras”, disse Ingo Wünsch, diretor do Departamento de Polícia Criminal do Estado da Alemanha, em um comunicado traduzido por máquina. “Empresas, instituições e autoridades devem proteger seu mundo digital.”