Mark Zuckerberg se posiciona após falha em serviços e vazamento de documentos internos

Mark Zuckerberg, o fundador do Facebook, um dia após o apagão que afetou milhões de usuários, usou a rede social na terça-feira dia 5 para poder se defender das acusações de que o site priorizar lucro em cima de informações e conteúdos sensíveis de seus usuários, de que prejudica crianças e de que enfraquece a democracia.

O Facebook no dia da pane custou ao seu dono um prejuízo de U$ 6 bilhões, e o executivo deixo o posto de quarto mais rico do mundo. O “blecaute” prejudicou também trabalhadores e estudantes.

“Gostaria de compartilhar uma mensagem que escrevi para nossa empresa”, Mark começou com um texto longo em seu perfil na rede social, mas segundo ele, a mensagem foi direcionada para os funcionários da companhia.

Em seu texto ele se referiu à pane global da segunda-feira dia 4 como “a pior queda que tivemos em anos”, em sequência, o executivo tenta se defender das acusações de que a companhia coloca o lucro à frente da segurança e mesmo do bem-estar dos usuários.

“A preocupação mais profunda com uma interrupção [dos serviços] como esta não é quantas pessoas migram para serviços da concorrência ou quanto dinheiro perdemos, mas o que isso significa para as pessoas que dependem de nossos serviços para se comunicarem com seus entes queridos, administrar seus negócios ou apoiar suas comunidades”.

Em outra parte do texto, logo após afirma que “nos preocupamos profundamente com questões como segurança, bem-estar e saúde mental”, ele reclama da suposta “falsa imagem que está sendo pintada da empresa”.

No domingo dia 3, em uma entrevista para o programa “60 minutes”, da emissora americana CBS News, a ex-gerente de produtos do Facebook Frances Haugen afirmou que a empresa coloca “lucros acima da segurança”. Na terça, Hungen prestou depoimento ao Senado dos Estados Unidos pedir regulamentada da empresa. Ela testemunhou depois de ter vazado para autoridades e para o “Wall Street Journal” documentos internos do Facebook que detalham que a empresa sabia que seus sites eram potencialmente prejudiciais para a saúde mental de jovens.

Na sua mensagem Mark cita algumas políticas e ações que, segundo ele, foram feitas para combater “conteúdo prejudicial” no Facebook, ampliar a transparência e assegurar o “bem-estar” dos usuários. E negou que a rede social contribua para “o aumento da polarização”. Ele comentou também sobre a preocupação do Facebook com crianças e adolescentes acessando aos conteúdos publicados nos serviços da empresa, como no Instagram.

“Estamos empenhados em fazer o melhor trabalho possível, mas de certo modo, o órgão certo para avaliar as compensações entre as equidades sociais é nosso Congresso eleito democraticamente. Por exemplo, qual é a idade certa para os adolescentes poderem usar os serviços da Internet? Como os serviços de Internet devem verificar a idade das pessoas? E como as empresas devem equilibrar a privacidade dos adolescentes e, ao mesmo tempo, dar aos pais visibilidade de suas atividades?”.