Grupo de empresas desafia liderança da Nvidia no mercado de Inteligência Artificial

O The Unified Acceleration Foundation (UXL), um conglomerado de empresas formado por gigantes como Intel, Google, Arm, Qualcomm, Samsung e outras, está planejando contestar a posição dominante da Nvidia no mercado de inteligência artificial (IA). A coalizão está desenvolvendo uma suíte de softwares de código aberto que servirá como alternativa à plataforma da fabricante de GPUs para desenvolvedores de ferramentas de IA.

Executivos envolvidos no projeto afirmaram à Reuters que o conjunto de ferramentas será projetado para alimentar diversos chips voltados para o processamento de IA. A plataforma de código aberto pretende garantir que o código seja compatível com qualquer máquina, independentemente do hardware equipado nela. O objetivo declarado do grupo UXL é atender às demandas computacionais mais urgentes, como aplicativos de IA e aplicações de alto desempenho.

Embora a Nvidia tenha sido historicamente uma importante fornecedora de hardware para computação de alto desempenho, o mercado assumiu uma importância ainda maior com a popularização das IAs. Isso impulsionou o valor de mercado da empresa, que atingiu US$ 2 trilhões em fevereiro, com previsão de crescimento contínuo.

No entanto, os chips da Nvidia tendem a prender os desenvolvedores ao ecossistema da empresa, o que prejudica a competição com outras fabricantes. O objetivo da UXL não é necessariamente desbancar a Nvidia, mas abrir espaço para soluções alternativas. A longo prazo, a plataforma de código aberto também será compatível com hardware e código da fabricante de GPUs.

Embora a ferramenta esteja em desenvolvimento, o grupo UXL espera que ela atinja um estágio de “amadurecimento” no segundo semestre deste ano, embora ainda não haja uma data de lançamento definida. Os resultados dessa coalizão só serão visíveis ao longo dos anos e podem impactar o mercado e as contas da Nvidia.

Atualmente, o grupo está buscando expandir sua base de membros, incluindo empresas como Microsoft e Amazon, para garantir a compatibilidade com mais plataformas.