Golpe do “dinheiro esquecido” volta a preocupar com falsos atendentes do Banco Central

Um novo golpe envolvendo os Valores a Receber, popularmente conhecido como “dinheiro esquecido”, está ganhando destaque novamente no Brasil. Nesse golpe, os golpistas se fazem passar por atendentes do Banco Central e de uma agência de consultas online, alegando que a vítima possui uma quantia significativa de dinheiro a receber. No entanto, para obter esses valores, os golpistas exigem o pagamento de uma taxa, que é direcionada diretamente para eles. No final, a vítima acaba não recebendo nenhum valor e sofrendo prejuízos financeiros.

Embora esse tipo de golpe não seja novo e tenha sido relatado desde o início do ano, os criminosos continuam propagando-o por meio de e-mails contendo links maliciosos que redirecionam para páginas falsas na internet. Para dar uma aparência de legitimidade ao golpe, os golpistas falsificam sites de notícias, fornecendo explicações detalhadas sobre uma suposta taxa de R$ 97 que seria necessária para ter acesso aos valores. O pagamento é solicitado por meio do PIX, e após a transferência, os criminosos desaparecem.

Além do prejuízo financeiro, a fraude pode resultar no roubo de informações pessoais. Durante a aplicação do golpe, os golpistas solicitam informações como CPF, data de nascimento e a chave PIX da vítima, que pode ser um número de celular. Com essas informações em mãos, os criminosos podem realizar outros golpes, como roubo de identidade, clonagem de informações e falsidade ideológica.

Os golpistas utilizam o logotipo do governo federal e um design que lembra o do Banco Central para dar credibilidade ao golpe. Além disso, eles inserem comentários e nomes falsos para convencer as vítimas de que os supostos saques foram realizados com sucesso.

Para evitar cair nesse golpe, é importante consultar os Valores a Receber apenas por meio do site oficial. Os criminosos costumam utilizar elementos visuais que imitam sites e plataformas legítimas para enganar as vítimas. Fábio Assolini, diretor da equipe global de pesquisa e análise da Kaspersky para a América Latina, destaca que a presença de erros ortográficos é comum nessas páginas falsas, o que pode servir como um indicativo de que se trata de uma fraude.

O Banco Central ressalta que não entra em contato direto com as pessoas sobre os Valores a Receber, seja por e-mail, WhatsApp, SMS ou telefone, e que não há custos para a liberação desses valores. É essencial estar atento aos sites acessados, verificar cuidadosamente cada palavra em busca de erros ortográficos e observar a URL do site, que deve ser consistente com as páginas oficiais das plataformas e do Banco Central. É recomendado utilizar antivírus e outras soluções de segurança atualizadas nos dispositivos, além de baixar aplicativos e softwares apenas de fontes oficiais. O uso de senhas fortes e a utilização da autenticação de dois fatores também são medidas importantes para garantir a segurança online.

Em resumo, é fundamental estar alerta, seguir boas práticas de segurança e desconfiar de qualquer abordagem suspeita relacionada aos Valores a Receber. A prevenção e a conscientização são cruciais para evitar cair nesse tipo de golpe.