A renomada corretora indiana Motilal Oswal tornou-se a mais recente vítima da prolífica gangue de ransomware LockBit, que assumiu a responsabilidade pelo ataque. As autoridades indianas estão cientes do incidente e afirmam estar investigando ativamente o ocorrido.
Na terça-feira, a LockBit incluiu a Motilal Oswal, uma das principais corretoras da Índia, em seu site de vazamento na dark web, conforme observado pela equipe do TechCrunch. Esses sites são comumente usados por grupos cibercriminosos para extorquir pagamentos de resgate de suas vítimas, ameaçando divulgar os dados roubados caso não sejam atendidos.
A LockBit alega ter obtido acesso a “dados confidenciais da empresa”, sem fornecer detalhes específicos sobre a extensão do comprometimento.
A Motilal Oswal atende aproximadamente seis milhões de clientes em centenas de cidades na Índia e administra ativos de consultoria de cerca de US$ 53 bilhões.
Até o momento, não está claro se a corretora enfrenta interrupções operacionais como resultado do ataque. Porta-vozes da Motilal Oswal não responderam aos vários e-mails solicitando comentários sobre o incidente.
O CERT-In (Equipe de Resposta a Emergências de Computadores da Índia) confirmou ao TechCrunch por e-mail que está ciente do incidente e já está tomando as medidas apropriadas em resposta.
Fundada em 1987, a Motilal Oswal oferece uma variedade de serviços financeiros, incluindo gestão de ativos e fortunas, negociação de ações e commodities, banco de investimento, corretagem institucional e distribuição de fundos mútuos. Além disso, possui uma subsidiária de capital privado chamada Motilal Oswal Alternatives, que apoiou diversas empresas e startups, como os fabricantes de eletrônicos Dixon e VVDN Technologies, além da startup KreditBee.
Desde 2022, o LockBit emergiu como uma das variantes de ransomware mais disseminadas globalmente. A gangue, com ligações à Rússia, reivindicou ataques a várias empresas de tecnologia, incluindo a fabricante de chips taiwanesa TSMC, a empresa de serviços de TI Accenture e a fabricante Foxconn. No ano passado, também mirou a empresa farmacêutica indiana Granules India e os Laboratórios Aeroespaciais Nacionais da Índia.
