Conflito Israel-Hamas assume dimensão cibernética com ataques de Hackers

O confronto entre Israel e o grupo terrorista Hamas, que teve início no último final de semana, agora está sendo ampliado para o campo cibernético, com grupos de hackers direcionando seus ataques tanto contra o governo israelense quanto contra estruturas na Palestina.

A guerra, que começou no último sábado, com uma invasão surpresa do Hamas em território israelense, continua a se desenrolar. Os terroristas afirmam ter capturado mais de 100 reféns, enquanto Israel responde com lançamentos de mísseis em direção ao território vizinho.

Neste conflito humanitário que já resultou em centenas de mortes de ambos os lados, um especialista em cibersegurança vem monitorando as ações cibernéticas de vários agentes. Segundo ele, até agora foi possível identificar a participação de grupos como o ThreatSec (cuja afiliação é desconhecida), Anonymous Sudan (aliado da Rússia), Killnet (aliado da Rússia) e Cyber Av3ngers (aliado do Irã).

O primeiro ataque monitorado pelo especialista, conhecido como Julian B. no LinkedIn, foi conduzido pelo Anonymous Sudan, que mirou os sistemas de alerta de emergência de Israel e o veículo jornalístico Jerusalem Post.

Os Cyber Av3ngers atacaram duas empresas responsáveis pela rede elétrica de Israel, enquanto o Killnet tentou invadir os sites do governo israelense. Por outro lado, o grupo Ghosts of Palestine convidou hackers para atacar infraestruturas privadas do governo judeu e dos Estados Unidos.

Do “outro lado da guerra cibernética,” o grupo ThreatSec afirma ter comprometido uma estrutura de internet na Faixa de Gaza, e hackativistas indianos afirmam ter atacado sites palestinos.

Além disso, duas outras associações, chamadas de Garuna e TeamHDP, revelaram na internet que estão direcionando seus esforços para os sites do Hamas e da Universidade Islâmica de Gaza.

A maioria dos ataques nesta guerra recente entre Israel e o Hamas tem se concentrado em ataques DDoS (Distributed Denial of Service – Negação Distribuída de Serviço), que tentam interromper a operação de um site ou serviço inundando a página com tráfego excessivo.

O Killnet e o Anonymous Sudan já realizaram ataques notórios contra grandes empresas no passado, tendo como vítimas empresas como a Microsoft, X (ex-Twitter), Telegram, Lockheed Martin e até mesmo o governo dos Estados Unidos.