Ataque cibernético atinge plataforma de pagamentos do governo federal

Sistema Integrado de Administração Financeira (Siafi) foi alvo de invasão em abril, com indícios de desvio de recursos.

Um ataque cibernético de grandes proporções atingiu o Sistema Integrado de Administração Financeira (Siafi), plataforma crucial para o processamento e execução das finanças da União. Segundo reportagem do jornal Folha de S.Paulo, a invasão aconteceu em abril, por meio de acessos não autorizados às contas de gestores do sistema.

Investigações em andamento e possíveis consequências graves

A Agência Brasileira de Inteligência (Abin) e a Polícia Federal estão investigando o caso. A principal suspeita é que os hackers tenham realizado ordens bancárias irregulares, desviando recursos do Tesouro Nacional, órgão responsável pelo Siafi. O valor do possível desvio ainda não foi divulgado.

Detalhes do ataque e medidas de segurança

O ataque teria ocorrido através do roubo de CPFs e senhas da plataforma gov.br de gestores do Siafi. As vítimas podem ter sido alvo de técnicas como phishing ou malware para obter seus dados de acesso.

A equipe de segurança do Siafi detectou a fraude quando um gestor tentou realizar uma ordem bancária em seu próprio nome, o que é contra as regras do sistema. Os primeiros casos registrados no início do mês envolveram contas de gestores da Câmara dos Deputados e tentativas de transferências via Pix.

Embora ainda não haja confirmação de transações bem-sucedidas, o Tesouro Nacional já implementou medidas adicionais de segurança, como a exigência de certificado digital emitido internamente para autenticação de usuários.

Histórico de ataques e alerta para o futuro

Vale ressaltar que este não é o primeiro ataque cibernético sofrido pelo Tesouro Nacional. Em 2021, a pasta foi alvo de um ataque ransomware, que explorou uma vulnerabilidade na rede interna, mas não causou danos graves ao sistema.

O recente ataque ao Siafi reforça a necessidade de medidas robustas de segurança cibernética para proteger sistemas críticos do governo federal. É fundamental que órgãos públicos adotem protocolos rigorosos de autenticação, monitorem constantemente suas redes e implementem medidas de proteção contra os diversos tipos de ameaças virtuais.