A administração do presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, anunciou nesta semana diretrizes de cibersegurança voltadas para os portos do país, em uma iniciativa que visa proteger as infraestruturas marítimas de possíveis ataques cibernéticos. Segundo informações obtidas pela CNN, a gestão de Biden está particularmente preocupada com vulnerabilidades que podem ser exploradas por hackers, bem como o uso de guindastes fabricados na China.
O investimento planejado ultrapassa os US$ 20 bilhões (cerca de R$ 1 trilhão) e será direcionado para aprimorar a infraestrutura portuária, incluindo a produção de guindastes nos Estados Unidos, com o objetivo de reduzir os riscos relacionados à cibersegurança e diminuir a dependência de equipamentos chineses.
Uma das principais preocupações reside nos guindastes fabricados na China, que dominam aproximadamente 80% do mercado nos portos americanos. Novos requisitos de cibersegurança serão impostos para mitigar possíveis riscos de espionagem ou interrupções operacionais provocadas por hackers.
A Guarda Costeira dos Estados Unidos será responsável por realizar inspeções e estabelecer a obrigatoriedade de relatórios sobre ciberataques em navios e instalações portuárias, como parte das medidas para prevenir possíveis ataques que possam comprometer as cadeias de suprimentos e a infraestrutura crítica.
Os guindastes chineses representam uma preocupação adicional devido à sua capacidade de controle remoto, aumentando o risco de ataques cibernéticos que podem resultar na coleta de informações de inteligência ou em interrupções nas operações portuárias, com potenciais impactos significativos nas cadeias de suprimentos nacionais e globais.
A implementação das diretrizes surge após alertas do diretor do FBI, Christopher Wray, ao Congresso, sobre a preparação de hackers chineses para atacar a infraestrutura dos EUA, incluindo redes marítimas e energéticas. A China negou as acusações, acusando os Estados Unidos de realizar campanhas de hacking.
