A Microsoft está prestes a anunciar alterações no Windows para evitar falhas como a que aconteceu em julho deste ano, quando uma atualização defeituosa da CrowdStrike causou um apagão global que afetou milhões de computadores. O episódio trouxe à tona a necessidade de melhorias na segurança do sistema operacional, especialmente no acesso ao kernel, a parte mais crítica do Windows.
O kernel é o “cérebro” do sistema, responsável por gerenciar processos, memória e dispositivos. A falha da CrowdStrike ocorreu justamente nesse nível, impedindo a inicialização de diversos computadores. Nos meses seguintes, a Microsoft sugeriu mudanças no Windows para evitar que problemas semelhantes aconteçam no futuro, mas enfrentou resistência de empresas parceiras, que pediram mais diálogo sobre as mudanças.
Agora, após uma série de discussões com grandes players de segurança como CrowdStrike, Broadcom, Sophos e Trend Micro, a Microsoft está trabalhando em uma nova plataforma que promete atender às necessidades de segurança, sem comprometer o desempenho e a estabilidade do sistema. A ideia é fornecer recursos de segurança fora do modo kernel, possibilitando uma solução mais robusta.
O Apagão da CrowdStrike: O Que Aconteceu?
Em 19 de julho, uma falha no sistema de segurança da CrowdStrike causou um verdadeiro caos digital, afetando 8,5 milhões de computadores. Setores como aviação, bancos e comunicações foram impactados, e muitos usuários enfrentaram a temida “Tela Azul da Morte”. Apesar da gravidade, a CrowdStrike esclareceu que não se tratava de um ataque cibernético, mas sim de um erro interno, que foi corrigido, mas deixou impactos residuais por alguns dias.
Com essas mudanças, a Microsoft espera evitar novas interrupções desse tipo e garantir uma experiência mais estável e segura para seus usuários.