Jack Dorsey, cofundador do Twitter, apresentou nesta quarta-feira (12) o diVine, um novo aplicativo que traz de volta o acervo perdido do Vine — a icônica rede de vídeos curtos em looping que marcou uma geração e foi encerrada em 2017. Além de disponibilizar mais de 100 mil vídeos restaurados, o app também permite postar conteúdos inéditos.
A base do diVine nasceu de um backup de cerca de 50 GB que preservou boa parte dos materiais publicados na plataforma original, incluindo nomes de usuários e alguns comentários. Muitos dos vídeos mais famosos do Vine voltaram à ativa, embora nem tudo tenha sido recuperado.
Os criadores que tinham contas no Vine poderão reivindicar seus perfis no diVine, recuperar vídeos que não estavam salvos em nenhum outro lugar e ainda publicar novos conteúdos. Mas, dessa vez, com uma regra clara: nada de vídeos feitos por inteligência artificial.
O diVine usa tecnologias de verificação da organização Guardian Project para garantir que os uploads sejam gravações reais, feitas por humanos e captadas por câmeras de smartphones. O sistema analisa múltiplos fatores antes de liberar qualquer vídeo. A ideia é manter a autenticidade e impedir que a rede seja inundada por material gerado por IA, algo comum em outros apps.
Evan Henshaw-Plath, ativista que faz parte do projeto, explicou ao TechCrunch que cerca de 60 mil criadores tiveram seus vídeos restaurados. Ainda assim, nem tudo voltou. Materiais nunca incluídos no backup original ficaram de fora — especialmente muitos vídeos populares de K-pop.
Para acessar o diVine, é só baixar o app para Android ou iOS pelo site oficial do projeto, ainda em versão beta. Quem preferir pode explorar o acervo diretamente pela página, sem criar conta. O retorno do Vine agora tem um novo nome, mas mantém o espírito que marcou a internet.