Israel apresenta sistema de defesa a laser Iron Beam

Israel está prestes a colocar em operação uma de suas maiores apostas tecnológicas no campo militar: o Iron Beam, um sistema de defesa a laser capaz de neutralizar drones, mísseis e até morteiros. A novidade, desenvolvida ao longo de anos, deve entrar em uso oficial ainda em 2025, segundo o Ministério da Defesa do país.

Apresentado pela primeira vez em 2014, o Iron Beam passou recentemente por testes que simularam combates reais e comprovou sua eficácia. Ele funcionará em conjunto com o conhecido Iron Dome, ampliando a proteção contra ataques aéreos.

Como funciona o Iron Beam

Criado pela Rafael Advanced Defense Systems em parceria com a Elbit Systems, o sistema utiliza feixes de laser de alta potência, que podem chegar a 100 kW. Esse feixe, com a espessura aproximada de uma moeda, é extremamente preciso e não sofre interferência do vento ou da temperatura.

O funcionamento envolve:

  • Monitoramento de alvos por GPS e um centro de comando;
  • Baterias de alta capacidade para manter a geração do laser;
  • Versões fixa e móvel, podendo proteger tanto locais estratégicos quanto acompanhar tropas em deslocamento;
  • Alcance estimado em 10 km.

Há também planos de versões adaptadas para aviões e navios, o que aumentaria a versatilidade do sistema.

Pontos fortes e limitações

Nos testes, o Iron Beam se mostrou eficaz contra drones, mísseis e projéteis menores. Porém, apresenta limitações: em dias nublados, por exemplo, sua performance pode cair.

Apesar disso, suas vantagens chamam atenção:

  • Não precisa de munição – enquanto houver energia, o laser pode continuar disparando;
  • Baixo custo por interceptação – cerca de US$ 5 (aproximadamente R$ 26), bem abaixo dos US$ 50 mil que custa, em média, cada míssil usado em sistemas tradicionais.

Um marco para a defesa de Israel

O ministro da Defesa, Israel Katz, destacou a relevância da tecnologia: “Este não é apenas um momento de orgulho nacional, mas um marco histórico para o nosso sistema de defesa: uma interceptação rápida e precisa, a um custo marginal, que muda a equação da ameaça.”

Com a chegada do Iron Beam, Israel reforça sua estratégia de defesa, apostando em tecnologia de ponta para reduzir custos e aumentar a eficiência contra ameaças cada vez mais presentes nos céus.