Conclave 2025: Vaticano ativa bloqueadores de sinal e tecnologia antidrone para proteger eleição do novo Papa

A partir desta quarta-feira (7), o Vaticano se transforma em uma verdadeira fortaleza digital para dar início ao conclave que escolherá o sucessor do Papa Francisco. O evento, realizado a portas fechadas na Capela Sistina, reunirá 133 cardeais de diversas partes do mundo em um processo que deve durar de dois a três dias. E, além da tradição centenária, a segurança do encontro está reforçada com tecnologia de ponta contra espionagem e vazamentos.

Segurança física e digital de alto nível

Como em anos anteriores, a Guarda Suíça Pontifícia e o Corpo de Gendarmaria do Vaticano lideram o esquema de segurança, que inclui medidas que vão muito além da proteção física. Durante o funeral de Francisco, já foram usadas bazucas antidrone para neutralizar objetos voadores não identificados. A expectativa é que o mesmo tipo de armamento seja usado durante o conclave, especialmente para proteger o espaço aéreo de Roma.

Blindagem total contra vazamentos

Para garantir o sigilo absoluto das discussões, o Vaticano anunciou que, a partir das 15h locais do dia 7, todos os sistemas de transmissão de sinais móveis e rádio no território serão desativados — com exceção da área de Castel Gandolfo. O objetivo é simples: bloquear qualquer possibilidade de comunicação externa.

Além disso, a Capela Sistina foi preparada com um “piso falso” contendo bloqueadores eletrônicos e envolta por uma gaiola de Faraday, capaz de impedir a entrada e saída de sinais eletromagnéticos. As áreas utilizadas pelos cardeais, incluindo a casa de hóspedes, passaram por varreduras com scanners especializados para localizar possíveis microfones escondidos.

Juramento e regras rígidas para os cardeais

Durante a primeira reunião, os cardeais fazem um juramento formal de sigilo absoluto sobre tudo que for discutido antes e durante o conclave. A comunicação externa é completamente proibida — nem mesmo jornais são permitidos no local. Também não há troca de cartas, bilhetes ou qualquer material impresso entre os participantes.

A eleição do novo Papa exige ao menos 2/3 dos votos, ou seja, 89 votos dos 133 cardeais presentes. As votações acontecem duas vezes pela manhã e duas vezes à tarde até que o sucessor de Francisco seja escolhido.