Canadá Proíbe Uso do Chatbot DeepSeek em Dispositivos Governamentais

O governo do Canadá proibiu o uso do chatbot DeepSeek em dispositivos móveis do governo federal e recomendou que todas as agências e departamentos adotem a mesma medida. A decisão foi oficializada em um memorando enviado na quinta-feira (6) pelo Vice-Ministro e Diretor de Informação do país, Dominic Rochon.

“Devido a sérias preocupações de privacidade associadas à coleta e retenção inapropriadas de informações pessoais confidenciais, e como medida de precaução para proteger redes e dados governamentais, é recomendado que departamentos e agências restrinjam o uso do chatbot DeepSeek em dispositivos governamentais”, afirmou Rochon na carta obtida pela Bloomberg.

O acesso ao chatbot foi bloqueado em dispositivos gerenciados pelo Shared Services Canada, responsável por fornecer serviços digitais para organizações governamentais, a fim de garantir a segurança das redes e dos dados. Até o momento, a DeepSeek não se manifestou sobre a proibição.

Proibições Globais e Controvérsias

O Canadá não é o único país a restringir o uso do DeepSeek. Recentemente, o governo da Austrália classificou o chatbot como um “risco inaceitável” à segurança nacional e baniu sua utilização em sistemas e dispositivos governamentais. A Austrália enfatizou que a decisão não se trata de uma perseguição contra produtos chineses, mas de uma medida preventiva.

Na Europa, a Autoridade Italiana de Proteção de Dados (GPDP) notificou a controladora do DeepSeek pedindo esclarecimentos sobre como a plataforma protege a privacidade dos usuários, alegando que “os dados de milhões de italianos estão em risco”.

Nos Estados Unidos, a Casa Branca também está avaliando a possibilidade de proibir o uso da IA chinesa por funcionários do governo, sob a justificativa de que a tecnologia representa uma “ameaça à segurança nacional”.

A crescente preocupação com a segurança digital e a privacidade dos dados reflete o aumento do escrutínio sobre ferramentas de IA desenvolvidas por empresas chinesas. A tendência é que mais países avaliem medidas semelhantes para proteger informações sensíveis de seus governos e cidadãos.