Bradesco, Santander e Banco do Brasil confirmam adoção do sistema “Origem Verificada”

Três dos maiores bancos do Brasil — Bradesco, Santander e Banco do Brasil — confirmaram que irão adotar o Origem Verificada, sistema antifraude criado pela Anatel em parceria com operadoras de telecomunicação. A medida visa aumentar a segurança das chamadas telefônicas e reduzir golpes, especialmente aqueles que se passam por centrais de atendimento bancárias.

Apesar da confirmação, os bancos ainda não divulgaram uma data para a implementação da tecnologia.

Outros bancos ainda avaliam o sistema

Instituições como Nubank, Caixa Econômica Federal, Itaú e Mercado Pago estão avaliando a adesão. Já PicPay, PagSeguro e Banco Inter não informaram se pretendem utilizar a ferramenta.

Vale destacar que a adesão ao Origem Verificada é opcional, de acordo com a Febraban (Federação Brasileira de Bancos). Cada instituição pode decidir se irá implementar o sistema.

O que é o Origem Verificada?

O Origem Verificada é um sistema que permite ao usuário identificar, diretamente na tela do celular, quem está ligando. O objetivo é combater chamadas fraudulentas e robocalls, além de evitar que golpistas se passem por empresas legítimas, especialmente bancos.

Entre as informações exibidas durante a chamada estão:

  • Nome da empresa com logomarca;
  • Motivo do contato (como cobrança, atendimento ou oferta);
  • Selo de autenticação com a mensagem “número validado”.

O sistema não exige instalação de aplicativo e funciona automaticamente em celulares compatíveis.

Quais celulares são compatíveis?

O Origem Verificada requer:

  • Conexão 4G ou 5G;
  • Função VoLTE ativada;
  • Modelos de celular compatíveis com a tecnologia.

Aparelhos 2G ou 3G não são compatíveis. O funcionamento depende também do modelo e da fabricante do dispositivo.

Como funciona a autenticação

O sistema utiliza o protocolo internacional STIR/SHAKEN, que valida a identidade da chamada em tempo real. Isso ocorre por meio de uma base de dados centralizada pela ABR Telecom, abastecida pelas operadoras. Quando uma empresa realiza a ligação, os dados são cruzados com os registros da operadora — se coincidirem, a chamada recebe o selo de autenticação.

Adesão ainda é limitada

Segundo a ABR Telecom, poucas empresas contrataram o sistema até o momento. A expectativa é que, com a confirmação de grandes bancos, outras instituições passem a adotar a tecnologia como forma de aumentar a confiança nas ligações corporativas e reduzir fraudes telefônicas.

A implementação do Origem Verificada pode representar um avanço importante na proteção dos usuários brasileiros contra golpes, mas sua efetividade ainda depende da ampla adesão de empresas e da compatibilidade com mais modelos de celulares.