Mais de dois anos depois da compra do Twitter por Elon Musk, um grupo de ex-funcionários pode estar perto de receber as indenizações que aguardam desde as demissões em massa. A empresa X, novo nome do Twitter, está caminhando para encerrar uma ação coletiva movida por trabalhadores que foram desligados logo após a aquisição.
A informação surgiu em um processo judicial nos Estados Unidos, no qual advogados das duas partes pediram o adiamento de uma audiência, sinalizando que um acordo está em andamento.
Quando Musk comprou o Twitter em 2022, mais de 6 mil funcionários foram demitidos, o que reduziu em cerca de 80% o quadro da empresa. Na época, Musk prometeu pagar três meses de indenização, mas muitos afirmam nunca ter recebido o valor integral — e alguns, sequer qualquer pagamento.
Outro ponto levantado pelos ex-funcionários é que a proposta de Musk era inferior ao que previa o plano de indenização do Twitter, vigente desde 2019. Esse plano garantia até seis meses de salário-base para funcionários de alto nível, além de uma semana extra de pagamento por cada ano trabalhado.
Em julho, um juiz federal em São Francisco decidiu que Musk não era obrigado a cumprir os acordos antigos do Twitter. Os ex-funcionários recorreram, e novas audiências estavam previstas para este ano. Porém, com as negociações avançando, há chance de que a disputa seja encerrada antes.
Se o acordo for fechado, esse poderá ser o desfecho de uma das maiores batalhas trabalhistas envolvendo a gestão de Musk na rede social.
