Nova tecnologia usa luz invisível para detectar deepfakes

Já parou para pensar se aquele vídeo que você está assistindo é real ou foi criado por inteligência artificial?
Com o avanço das deepfakes, essa dúvida deixou de ser ficção científica e virou uma preocupação real.

Mas há boas notícias: pesquisadores da Universidade Cornell desenvolveram uma tecnologia chamada iluminação codificada por ruído (NCI), que insere padrões de luz piscante invisíveis a olho nu, mas detectáveis por câmeras comuns. Com isso, fica muito mais fácil identificar se um vídeo é verdadeiro ou manipulado.

Como funciona essa “marca d’água” invisível

O sistema funciona modulando levemente as luzes que iluminam o ambiente ou o objeto filmado. Essas modulações carregam um código secreto que, ao ser analisado no computador, revela quando e onde o vídeo foi gravado.

Se o vídeo for alterado — seja para cortar uma fala, manipular uma entrevista ou criar uma cena falsa — o código deixa de bater com as imagens, denunciando a edição.

Segundo o professor Abe Davis, responsável pela pesquisa, a vantagem é que qualquer gravação feita em um ambiente com essa iluminação especial pode ser verificada, independentemente do equipamento usado.

Onde isso pode ser aplicado

Embora dependa de fontes de luz codificadas, a tecnologia tem usos práticos em situações onde a veracidade do conteúdo é crucial, como:

  • Entrevistas e coletivas de imprensa

  • Discursos políticos

  • Eventos restritos ou de segurança

  • Produções jornalísticas

Por que é importante

Em um cenário onde é possível criar vídeos cada vez mais realistas de praticamente qualquer coisa, ferramentas como o NCI podem se tornar essenciais para proteger a integridade de informações visuais.
O método é simples, barato, não interfere na experiência de quem assiste e ainda ajuda a reduzir a circulação de conteúdos falsos.