O Departamento de Segurança Interna dos Estados Unidos emitiu um alerta preocupante: hackers ligados ao governo iraniano podem intensificar ataques cibernéticos contra redes americanas nos próximos dias. O comunicado foi divulgado no domingo, em meio ao aumento das tensões entre EUA, Israel e Irã.
Segundo o boletim, é provável que grupos de “hacktivistas” (ativistas que usam o ciberespaço como forma de protesto) promovam ataques de menor escala com o objetivo de causar interrupções em sistemas vulneráveis. Esses grupos, muitos deles com vínculos diretos com governos, costumam explorar falhas de segurança e dispositivos conectados à internet que não estão devidamente protegidos.
O alerta surge logo após uma série de ataques aéreos realizados pelos EUA e Israel contra instalações nucleares iranianas. Ao mesmo tempo, o grupo hacker pró-Israel conhecido como Predatory Sparrow reivindicou ações cibernéticas que afetaram profundamente o Irã — incluindo o vazamento de dados de um dos principais bancos do país e a destruição de milhões em criptomoedas da maior corretora iraniana.
Em resposta, o governo do Irã chegou a desligar temporariamente a internet do país, numa tentativa de conter possíveis ataques digitais e evitar o vazamento de dados sensíveis.
O Irã já é conhecido por investir fortemente em capacidades ofensivas no mundo digital. Nos últimos anos, hackers ligados ao regime iraniano realizaram operações de espionagem contra autoridades norte-americanas e ataques contra empresas de tecnologia e infraestrutura. Grande parte dessas ações utiliza brechas conhecidas de segurança ou credenciais vazadas na internet.
Esse novo alerta reforça a necessidade de que empresas, órgãos públicos e até usuários comuns redobrem os cuidados com a segurança digital — como manter sistemas atualizados, usar autenticação em duas etapas e monitorar acessos suspeitos. Em um cenário onde disputas geopolíticas se estendem para o ciberespaço, a proteção das redes nunca foi tão urgente.
