O Discord, plataforma amplamente usada por comunidades gamers e grupos de interesse, está no centro de uma investigação da Polícia Federal após ter sido utilizado para planejar um ataque terrorista ao show da cantora Lady Gaga, realizado no último fim de semana no Rio de Janeiro.
A operação, batizada de Fake Monster, revelou que um grupo utilizava servidores privados na rede social para promover discurso de ódio, crimes contra crianças e LGBTQIA+ e para recrutar participantes para um possível atentado. O plano incluía o uso de coquetéis molotov e explosivos improvisados, segundo informações das autoridades.
Discord remove contas e servidores ligados ao plano
Em resposta, o Discord derrubou os servidores e baniu os usuários envolvidos. A empresa notificou oficialmente o Ministério da Justiça e reafirmou seu compromisso com a segurança online, destacando que mantém um canal direto de cooperação com autoridades brasileiras.
Além disso, a empresa informou que prestou assistência ativa à investigação, incluindo o fornecimento de dados que ajudaram na identificação dos envolvidos. O Discord reforçou suas políticas contra discurso de ódio, violência e conteúdo ilegal, ressaltando que atua rapidamente quando essas diretrizes são violadas.
Como o plano foi articulado
De acordo com a PF, o grupo lançou no Discord um “desafio coletivo” para recrutar interessados no ataque. Os líderes seriam um homem do Rio Grande do Sul, preso com três armas de fogo ilegais, e um adolescente do Rio de Janeiro, apreendido com conteúdo de pornografia infantil. O caso está sendo investigado como ato de terrorismo.
A ação criminosa levantou alertas sobre o uso de plataformas digitais como ferramentas para radicalização e organização de crimes reais, especialmente em espaços privados e moderados por usuários.