Saúde Digital: A Segurança dos Dados na UTI

Se você acha que a cibersegurança é só preocupação para bancos e e-commerces, é melhor pensar de novo. O setor de saúde está no radar dos hackers e, com a digitalização dos prontuários e a explosão da telemedicina, os ataques estão cada vez mais ousados. Além disso, a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) exige atenção redobrada das instituições para proteger as informações dos pacientes. Vamos explorar como essa batalha está sendo travada!

Desde 2018, quando a lei que obriga a digitalização dos prontuários foi criada, os hospitais viraram alvos dos cibercriminosos. Ataques de ransomware, phishing e exploração de brechas têm causado interrupções em clínicas e hospitais, atrasando diagnósticos e tratamentos – um risco direto para os pacientes.

Para piorar, em 2022, mais de 40 bilhões de registros foram expostos no mundo todo, segundo um estudo da Tenable. O Brasil contribuiu com 815 milhões desse total. E o setor de saúde continua na mira: até maio deste ano, 6,5 mil tentativas de ransomware no Brasil foram registradas, segundo a Kaspersky.

Por que os hackers amam a saúde?

Simples: os dados. Informações médicas são sensíveis e valem ouro no mercado negro. Além disso, os sistemas de saúde, muitas vezes, não têm a mesma robustez tecnológica que os bancos, tornando-os alvos mais fáceis. E com a telemedicina ganhando força, o volume de dados sensíveis em trânsito só cresce, elevando os riscos.

Como proteger os dados e os pacientes?

A boa notícia é que dá para se prevenir. Aqui estão algumas dicas de ouro:

  1. Avaliação de riscos: Identifique as vulnerabilidades e priorize o que precisa de mais proteção.
  2. Tecnologia de ponta: Use criptografia, autenticação multifator e sistemas de detecção de intrusão.
  3. Treinamento da equipe: Muitos ataques começam com erros humanos. Ensine os colaboradores a identificar ameaças.
  4. Monitoramento constante: Tenha equipes preparadas para responder rapidamente a incidentes.
  5. Parcerias estratégicas: Trabalhe com especialistas em cibersegurança para estar sempre à frente das ameaças.

Um exemplo que deu certo

A Drogaria Araujo, maior rede de farmácias de Minas Gerais, conseguiu reduzir custos em 25% enquanto fortalecia a segurança cibernética. A empresa investiu em uma abordagem estratégica, priorizando as vulnerabilidades críticas. Resultado: dados protegidos e operações seguras.

Por que isso importa?

Manter os dados dos pacientes protegidos não é só uma obrigação legal – é uma questão de confiança. Além disso, quem investe em cibersegurança evita prejuízos financeiros e operacionais, criando um ambiente mais seguro para pacientes e colaboradores.

No fim das contas, segurança cibernética não é só um custo: é um investimento que salva vidas e protege o futuro do setor de saúde. Afinal, ninguém quer que seus dados médicos estejam disponíveis para quem der o maior lance.