Na quinta-feira dia 10, o colunista do UOL Ricardo Feltrin divulgou a informação que a Recorde, em comunicado enviado aos funcionários, se manifestou a respeito do ataque cibernético direcionado aos seus sistemas, ocorrido em outubro, confirmando o acesso a dados do canal e de colaboradores
A emissora explica no documento que o “incidente de segurança” identificado no dia 8 de outubro resultou na “criptografia de máquinas e servidores no ambiente tecnológico”, o que teria afetado as atividades da empresa. Em seguida, faz um alerta aos trabalhadores. Que os responsáveis pelo ataque acessaram arquivos do setor de recursos humanos que podem conter dados pessoais, incluindo documentos, telefones e endereços, além de informações financeiras, de saúde e filiação sindical. Existe a possibilidade desses dados serem usados em fraudes e golpes, como avisa o canal.
Segundo a Recorde, apesar dos riscos, as informações acessadas pelos cibercriminosos não teriam sido vazadas, até o momento, e afirmou que possui uma equipe monitorando a deep web. A empresa disse ainda que acionou protocolos de segurança e outras medidas para minimizar os efeitos do ataque hacker.
Dados vazados
O ataque cibernético à Record ainda não teria resultado no vazamento de informações, como a TV afirma no comunicado. Porém, o colunista contesta o relatório, revelando ter, em sua posse, cópias de dados de passaportes e endereços de algumas das estrelas contratadas do canal. No mês passado, alguns documentos chegaram a aparecer publicamente na internet.
Segundo Feltrin, a emissora não dá sinais de que cogita negociar com os autores do ciberataque. Eles fizeram um pedido de resgate de R$ 25 milhões para liberar o sistema e os arquivos criptografados.
A Record disse que trabalha em parceria com a Delegacia de Crimes Cibernéticos de São Paulo nas investigações da invasão.