Uma divisão da ONU deixou expostos em servidores mais de 115 mil arquivos sensíveis, totalizando 228 GB de dados, sem qualquer tipo de proteção. Entre os documentos, havia informações de alta importância, como dados de organizações parceiras, funcionários e detalhes fiscais de projetos financiados pelo United Nations Trust Fund to End Violence Against Women, um fundo dedicado ao combate à violência contra mulheres.
A falha foi descoberta por Jeremiah Fowler, especialista em cibersegurança, que prontamente alertou a ONU sobre a vulnerabilidade. Graças a isso, o problema foi corrigido antes de qualquer divulgação pública.
ONU corrige, mas recebe críticas
A ONU confirmou ter corrigido a falha e afirmou que entrou em contato com as pessoas afetadas para explicar o ocorrido. No entanto, não foi revelado se houve acessos não autorizados ao servidor antes do reparo.
Apesar da rápida ação, Fowler criticou a ONU pela falta de atenção à segurança digital, especialmente por envolver dados de pessoas vulneráveis. Ele destacou que, caso esses arquivos caíssem nas mãos erradas, o impacto poderia ser devastador, expondo menores de idade e organizações que atuam em locais de risco a fraudes e outras ameaças.
“Se esses dados chegarem à dark web, governos autoritários poderiam usar essas informações para atacar quem trabalha com as vítimas ou até as próprias pessoas que estão sendo ajudadas”, alertou Fowler.