Através da listagem de vagas de emprego, disponibilizada pela Microsoft, podemos ter uma dica que a versão do Windows 365 com propagandas está sendo desenvolvida. O objetivo é baratear os PCs, permitindo que os usuários não necessitem comprar um dispositivo com a licença completa e hardware necessário para rodar o sistema operacional.
O ZDNet, também foi o primeiro a encontrar o anúncio das vagas de emprego, e relembrou que em abril a Microsoft, através de alguns executivos, falou sobre planos de deixar o Windows 365 mais integrado ao Windows “básico”. Porém, essa descoberta sugere que os planos da empresa para o seu cloud PC são bem maiores.
Novo modelo de negócio para o Windows
Na descrição do anúncio das vagas, diz que buscam profissionais para a nova equipe de incubação do Windows, a descrição também informa que o projeto desenvolverá “uma nova direção para a experiência e modelo de negócio do Windows de PCs de baixo custo alimentados por anúncios e assinaturas”, concluindo com a proposta de dispositivos planejados para trabalhar na nuvem, atendendo os segmentos profissionais e de consumo.
Lançado em 2021, o Windows 365 é a versão cloud do sistema operacional da Microsoft. Atualmente é voltado para empresas, pois permite que os funcionários acessem o PC virtual da empresa em diversos dispositivos, desde Macs até máquinas com Linux.
Desktops remotos, também conhecidos como área de trabalho remota, já existem há um bom tempo. Contudo, a proposta da Microsoft (visualizada na vaga de emprego) tende a facilitar o acesso dos consumidores e empresas aos dispositivos e ao Windows.
Com o sistema operacional rodando todo na nuvem, os fabricantes podem desenvolver laptops e PCs com configurações de entrada, com o mínimo para rodar um sistema gratuito (como uma distribuição Linux). Dessa maneira, o usuário, seja consumidor ou empregador, pode comprar um dispositivo mais barato. Um dos gastos dessas fabricantes é o licenciamento do Windows.
Assinatura barata ou versão com propagandas?
Futuramente, o Windows 365 pode chegar aos consumidores com uma versão gratuita com anúncios e outra paga “ad-free”, tal qual Spotify, Deezer e YouTube fazem. Podendo também adotar o modelo da Netflix, oferecendo um plano mais barato e com anúncios. Este modelo “foge” do padrão da Microsoft, que permite o uso gratuito do seu sistema operacional com um “Ativar o Windows” bem visível na sua tela.
O Windows 365 precisará de um preço compensador. Uma licença do Windows 11 Home, na loja da Microsoft, está custando R$ 1.099,00 — dividindo por 12 meses, é um investimento (ou gasto) de R$ 91,58 mensais. As versões empresariais do Windows 365 custam a partir de R$ 170,10.
Momento “matemática de papel de pão” para a assinatura voltada a consumidores. O Windows 10 ficou nove anos (108 meses) como o “topo de linha” dos SO da Microsoft. Quem comprou a licença por um valor de R$ 1.099,00, gastou R$ 10,17 por mês até a chegada do Windows 11 (carinhosamente apelidado de Windows 10 2 por alguns).
Mesmo que o projeto ainda esteja em planejamento, a questão é que a Microsoft entrará com mais força no mercado de assinaturas. A empresa já deu os primeiros passos para levar o Microsoft 365 (antigo Office) ao modelo SaaS (Software as a Service).