A Agência Nacional Francesa de Segurança da Informação (ANSSI), juntamente com as empresas de cibersegurança Cisco e Eviden, emitiram um alerta sobre uma série de ataques cibernéticos sem precedentes esperados durante os Jogos Olímpicos de Paris. Em resposta a essa ameaça, as autoridades montaram um plano para mitigar os danos causados por possíveis ações de hackers.
Como parte das medidas preventivas, está sendo estabelecido um centro de operações de segurança cibernética para monitorar e responder a eventuais incidentes. O local exato deste centro está sendo mantido em sigilo pelas autoridades por motivos de segurança.
Embora nem todos os ataques cibernéticos possam ser evitados, a ANSSI afirma que é possível reduzir os impactos das ações dos cibercriminosos. Uma estratégia adotada é a contratação de “hackers éticos” para testar os sistemas de segurança utilizados durante os Jogos Olímpicos. O objetivo é identificar e corrigir possíveis vulnerabilidades antes do início das competições, previsto para o dia 26 de julho deste ano.
As autoridades francesas alertam que o número de ataques cibernéticos durante os Jogos de Paris deve ser cerca de 10 vezes maior do que o registrado em Tóquio, em 2021. Incidentes desse tipo não são novidade em grandes eventos esportivos. Em 2018, um vírus de computador conhecido como “Olympic Destroyer” foi usado em um ataque à cerimônia de abertura dos Jogos de Inverno de Pyeongchang, na Coreia do Sul. Na época, os EUA atribuíram o ataque a seis hackers ligados à agência de inteligência da Rússia, embora o governo russo tenha negado envolvimento.
Recentemente, o presidente francês, Emmanuel Macron, expressou preocupação de que a Rússia poderia realizar ataques durante os Jogos Olímpicos de Paris. Vale ressaltar que a delegação russa não está participando do evento devido às sanções impostas contra o país após o início da guerra na Ucrânia.