Na região metropolitana de Salvador, Lourado de Freitas, um hacker invadiu uma sala virtual de um colégio particular. O hacker ameaçou os estudantes e chegou a exibir vídeos pornográficos durante as aulas, esse caso foi registrado na delegacia.
Uma mãe de um dos alunos, contou que a situação começou. No dia 19 de fevereiro, quando aconteceu o primeiro ataque, em uma confraternização antes do início das aulas e uma semana depois as invasões se tornaram mais serias.
“A partir de segunda-feira [22], que foi o início da aula normal, a situação ficou caótica, porque a professora não conseguia dar aula, toda hora ele [hacker] entrava, toda hora com xingamentos, vários xingamentos pesados, inclusive mencionando o nome das crianças. ‘Fulano, eu vou achar seu endereço, e vou aí’, sabe? Ameaçando”.
A mãe relatou que o hacker começou a xingar as crianças diretamente e botou vídeos pornográficos no meio das aulas.
“Inicialmente, o invasor só ameaçava: ‘Eu vou roubar sua conta, vou pegar seu e-mail, telefone, endereço’, e algumas vezes mencionava o nome de alunos. Depois, começaram com xingamentos e na quinta-feira [25] colocou vários vídeos de sexo explícito”.
Ela contou que uma professora tentou resolver a situação em umas das invasões, mas não revolveu, pois, “A professora acionou o professor que é responsável pela área de informática. Ele entrou e garantiu para a gente: ‘Agora eu já derrubei ele [hacker]. Estou colocando a senha dele e ele não vai entrar mais’. Aí ele [hacker] entrava de novo e dizia: ‘Entrei, sei otário, kkkkkkk’”, conta ela.
Uma outra mae também preocupada percebeu a movimentação e tirou o filho da frente do computador. Ela cobra um posicionamento da escola.
“A gente já conseguiu retirar a criança da frente do computador o mais rápido possível, assim que a gente detectou que a coisa tinha acontecido. E realmente foi um susto muito grande, e ao mesmo tempo uma necessidade de uma resposta. Que atitude a escola vai tomar? Porque a gente precisa de alguma resposta, precisamos saber o que vai acontecer e se isso vai tornar a acontecer”.
O colégio Acadêmico disse que as providências foram tomadas com suporte do Google e as senhas foram redefinidas para evitar que isso aconteça de novo.
Ainda não há detalhes se o suspeito já foi identificado, mas um boletim de ocorrência já foi registrado, foi enviado para um grupo de investigações de crimes na internet para que o invasor seja identificado e punido.