O Google está sendo processador, por ler as mensagens do WhatsApp, mesmo que as mensagens contenham criptografia de ponta a ponte, é possível que sua conversa no WhatsApp, definitivamente não sejam tão privadas assim, ao menos para algumas empresas. Na semana passada na quarta-feira dia 16, a procuradoria-geral do Texas no Estados Unidos, anunciaram um antitruste contra o Google e seus esquemas de publicidade.
Será que o Google leu as mensagens do WhatsApp
Diz o processo, “Como revelam documentos internos, o Google procurou eliminar a concorrência e fez isso por meio de uma série de táticas de exclusão, incluindo um acordo ilegal com o Facebook, sua maior ameaça competitiva em potencial”.
Em todas as 130 páginas da ação judicial, o WhatsApp é apenas mencionado em um trecho, nesse trecho é alegado que o Facebook fechou um acordo de exclusividade com o Google para fornecer dados do app de mensagens, incluindo texto, fotos, vídeos e áudios.
A criptografia de ponta a ponta adotada pelo WhatsApp impede que até mesmo o aplicativo tenha acesso às mensagens, pois elas precisam ser decodificadas com uma chave pública e uma chave privada.
No entanto, como lembra o analista de segurança Alex Stamos, que já trabalhou no Facebook, as mensagens do WhatsApp, podem ser acessadas através do backup realizados no Google Drive.
O próprio FAQ do aplicativo avisa, ” os arquivos de mídia e as mensagens salvos no backup não estarão protegidos com a criptografia de ponta a ponta do WhatsApp enquanto estiverem no Google Drive”. Isso também vale para a versão do iPhone, cujo backup fica no Apple iCloud.
Mas isso não quer dizer que o Google esteja bisbilhotando as suas mensagens. Comentando os backups, Stamos afirma: “há preocupações legítimas sobre como isso é usado, mas esse processo não parece ter uma interpretação correta”.
Segundo o WABetaInfo, o WhatsApp prepara a opção de colocar uma senha no backup do Google Drive e do iCloud.
O Google diz que o processo “não tem mérito”
O processo foi apresentador por um procurador-geral do Texas, Ken Paxton, que está sendo investigado pelo FBI por suborno, pois ele também liderou uma iniciativa, que foi rejeitada pela Suprema Corte dos EUA, para anular os resultados da eleição presidencial de 2020 em quatro estados que Joe Biden ganhou contra Trump.
Em seu comunicado à Reuters, o Google afirma que esta ação “não tem mérito” e que vai se defender na Justiça. A empresa não comenta especificamente sobre o WhatsApp porque isso se refere a um processo legal em andamento, segundo o The Verge, mas aponta para uma declaração recente do CEO Sundar Pichai.
“Nós não vendemos suas informações para ninguém e não as usamos para fins publicitários em aplicativos nos quais você armazena principalmente conteúdo pessoal, como Gmail, Drive, Agenda e Fotos”, escreveu Pichai.