Com a alta no mercado de aplicativos, o número de oportunidades para desenvolvedor mobile em 2021 se elevou. A GeekHunter fez um levantamento, a empresa de recrutamento especializada na contratação de profissionais de tecnologia, demonstra o crescimento de 600% na quantidade de vagas na área somente esse ano.
Com a valorização dos profissionais da área, segundo pesquisas, houve um aumento de desenvolvedor júnior com dois anos de experiência, e de 11% em perfis sênior com mais de seis anos de carreira. Os valores médios de salário de profissionais CLT e PJ são de R$ 6 mil para nível júnior, R$ 7,8 mil para pleno e R$ 10,8 mil para sênior, chegando até R$ 25 mil.
Lucas Martins, CTO da GeekHunter, afirma “Considerando o histórico, estimamos um crescimento anual entre 10% e 20% na média salarial destes profissionais, considerando a escassez de mão de obra, a concorrência com empresas internacionais e o crescimento das vagas”.
O desenvolvedor mobile é responsável por criar, testar e implementar softwares para dispositivos moveis. Alexandre Santos Costa de 42 anos, começou a programar aos 15 anos, e segue na carreira de desenvolvedor mobile desde 2014, se formou em Gestão de Sistemas de Informação, e traz dicas para quem quer começar na área.
O desenvolvedor fala que é importante adquiri os conhecimentos básicos da computação, pois com esses conhecimentos auxiliarão na tomada de decisões na hora de programar. Explica “Como fazer com que o aplicativo seja fluido para os usuários, inclusive para aqueles que usam versões antigas? Como preparar o código para ser o mais otimizado possível? A base da computação ajuda a pensar nessas soluções”. Ele sugere para começar com alguma tecnologia Cross-Platform, como o Flutter, React Native, Ionic ou Xamarin, que permitem desenvolver utilizando linguagens mais gerais como JavaScript, Dart ou C# . Costa, diz “Dessa forma, é possível gerar aplicações para iOS e Android sem ter que escrever duas vezes o código”.
Costa também é necessário ter um bom conhecimento das plataformas e um pouco das linguagens especializadas: para iOS o Objective-C e Swift, e para Android, o Java e o Kotlin. E conclui, “O mais importante é saber que o desenvolvimento de aplicativos requer foco no usuário e o profissional precisa ser proativo, pensar em melhorias constantes do ponto de vista da experiência do usuário e da acessibilidade”.