O WhatsApp foi autorizado pela Suprema Corte dos Estados Unidos, na segunda-feira dia 9, a prosseguir com o processo contra a empresa NSO Group, empresa responsável pelo spyware Pegasus. Iniciada em pela Meta em 2019, a ação questiona a exploração de um bug no mensageiro para a instalação do programa espião nos celulares das vítimas.
A companhia israelense em abril do ano passado havia entrado com uma petição argumentando que não poderia ser processada, pois agiu em nome de governos estrangeiros não revelados ao instalar o software. Mas os juízes norte americanos rejeitaram a alegação, permitindo a continuidade ao processo.
Segundo a ação, o NSO Group teria aproveitado uma brecha na chamada de áudio do serviço de mensagens para disseminar o Pegasus entre os alvos. Mais de 1,4 mil telefones de jornalistas, advogados, ativistas e funcionários de governos teriam sido comprometidos durante a campanha.
Carl Woog, o porta-voz do WhatsApp, em entrevista ao TechCrunch, comemorou a decisão da Suprema Corte de rejeitar o recurso “infundado” da NSO. Na opinião de Carl, a desenvolvedora do spyware precisa ser responsabilizada judicialmente por suas “operações ilegais”.
Mais processos a caminho
Não foi a Meta que moveu processa contra o NSO Group, existem várias outras ações na justiça dos Estados Unidos. Uma delas foi iniciada pela Apple, que está em busca de uma liminar para impedir o uso de qualquer produto ou serviço próprio para a instalação do programa espião.
Em outro caso, jornalistas de uma agência sediada em El Salvador iniciaram processo contra a NSO em um tribunal dos EUA após o spyware ter sido detectado em seus iPhones. O grupo saudou a decisão da Suprema Corte, afirmando que ela abre o caminho para novas ações movidas por empresas e as vítimas do software.