O AWS Lambda é um serviço de computação que roda no modelo serverless, permitindo que você desenvolva suas aplicações sem se preocupar com a infraestrutura por trás. Ele suporta várias linguagens populares, como Java, Python, Node.js, .NET Core, e Go, e, se quiser ser criativo, você pode até rodar linguagens mais antigas como COBOL, usando um custom Lambda Runtime.
Além disso, com o Lambda, você só paga pelo que usar. Ou seja, nada de pagar por capacidade ociosa, e você pode lançar suas aplicações de forma muito mais rápida. Vamos explorar como e quando usar o Lambda pode ser uma boa pedida.
O que é serverless?
Antes de falar sobre Lambda, é importante entender o que significa “serverless”. Apesar do nome, o serverless não elimina os servidores, mas faz com que você não tenha que gerenciar ou se preocupar com eles. Toda a infraestrutura fica por conta do provedor de nuvem, e você pode focar apenas no desenvolvimento da sua aplicação.
Outra vantagem do serverless é o pagamento por uso. Diferente de uma instância EC2, onde você pode acabar pagando por tempo ocioso, o Lambda cobra apenas pelo que é consumido quando sua função é executada. Outros exemplos de serviços serverless da AWS incluem o S3 (para armazenamento), o DynamoDB (banco de dados), e o SNS/SQS (mensageria e filas).
Características do Lambda
Agora que você já entendeu o conceito de serverless, vamos dar uma olhada nas principais características do Lambda. Com ele, você pode construir aplicações baseadas em pequenas funções com responsabilidades únicas, que são ativadas por eventos. Isso quer dizer que, ao invés de uma aplicação web completa, você implementa só o código necessário para rodar a função.
Por exemplo, você pode usar o Lambda para responder a uma requisição HTTP, redimensionar uma imagem no S3, ou processar uma mensagem do SQS com o mínimo de código. Mas, para tirar o melhor proveito do Lambda, é importante conhecer seus benefícios e limitações.
Benefícios do Lambda
- Código simplificado: Você foca apenas no que é essencial para a função rodar. Rotas, conexões com banco de dados e outras configurações ficam por conta de serviços como o API Gateway.
- Escalabilidade automática: Se sua função receber um pico de acessos, o Lambda escala automaticamente, sem que você precise se preocupar com servidores extras.
- Sem custos de ociosidade: Para aplicações com tráfego variável, o Lambda pode gerar uma boa economia, já que você só paga quando sua função é usada.
Quando evitar o Lambda?
Apesar das vantagens, o Lambda não é ideal para tudo. Veja algumas situações onde ele não é a melhor escolha:
- Aplicações web tradicionais: Você até pode rodar uma aplicação web no Lambda, mas estará desperdiçando o potencial da função, já que ele é mais indicado para trechos de código pequenos e específicos.
- Processos de longa duração: Funções Lambda têm um tempo máximo de execução de 15 minutos. Se sua tarefa demora mais que isso, o ideal é dividir o trabalho em partes menores.
- Manipulação de arquivos grandes: O Lambda só oferece um disco temporário e de baixa capacidade. Se precisar manipular arquivos maiores, vai ter que usar um serviço de armazenamento externo, como o S3.
- Vendor lock-in: Como o Lambda é exclusivo da AWS, migrar suas funções para outro provedor (como o Azure Functions) exige reescrever toda a lógica de eventos e integrações. Ou seja, você terá que recriar boa parte da função.
No geral, o AWS Lambda é uma ótima opção para quem busca simplicidade, escalabilidade e economia, mas é importante entender seus limites para usá-lo da melhor forma.