O Hackers do Bem, programa de formação em cibersegurança, passou por uma baita prova de fogo na última semana. Duas falhas graves no sistema foram identificadas e corrigidas, graças à investigação de um de seus próprios alunos, George Luiz de Freitas Souza. Vamos aos detalhes:
O que deu ruim?
- Ranking público (sem querer):
Uma falha no código do portal tornava o ranking de competição entre os alunos acessível ao público, algo que não deveria acontecer. O problema foi identificado por meio de exploração de diretórios (técnica conhecida como Forced Browsing/Directory Traversal), o que permitia visualizar o ranking completo e alguns dados dos participantes. - Alteração de dados sensíveis:
Essa foi mais grave. A brecha permitia que invasores alterassem dados cadastrais dos alunos, como CPF e e-mail, o que abria um leque de possibilidades para ações maliciosas:- Acessar contas de outros usuários.
- Manipular o ranking de competição.
- Emitir certificados fraudulentos de conclusão de curso.
Como descobriram?
George, aluno do programa e estudante de cibersegurança, encontrou as falhas enquanto analisava o código do portal. Ele percebeu que:
- Diretórios mal configurados deixavam o ranking visível.
- A falta de validação de dados possibilitava alterações nos perfis dos usuários.
Após o alerta do aluno, os responsáveis pelo Hackers do Bem agiram rápido e corrigiram os problemas. Não houve registro de exploração maliciosa dessas brechas, mas o caso reforça a importância de manter sistemas bem testados e atualizados.
Esse episódio é um ótimo exemplo do valor da cultura de segurança e do papel de programas como o Hackers do Bem na formação de futuros profissionais. A identificação e comunicação responsável das falhas mostram que os alunos estão absorvendo bem os ensinamentos.
Parabéns ao George e aos gestores do programa por resolverem a questão antes que algo mais sério acontecesse. 👏
Fique ligado: se você quer entrar na área de cibersegurança, saiba que isso inclui não só detectar falhas, mas também reportá-las de forma ética. Afinal, ser hacker do bem é isso, né?