NSO Group perde nos Tribunais e WhatsApp comemora vitória contra Spyware Pegasus

Na última sexta-feira, um juiz nos EUA deu uma decisão que promete abalar o mundo da tecnologia: a fabricante israelense de spyware NSO Group foi considerada culpada por violar leis de hacking ao usar o WhatsApp para infectar dispositivos com o infame spyware Pegasus.

A juíza Phyllis Hamilton, da Califórnia, determinou que a NSO infringiu tanto leis estaduais quanto federais ao explorar o WhatsApp para invadir dispositivos de 1.400 usuários, incluindo jornalistas, defensores de direitos humanos e até autoridades governamentais.

O caso começou há cinco anos, quando o WhatsApp, da Meta, entrou com uma ação alegando que a NSO usou uma falha de chamadas de áudio no app para instalar o Pegasus em dispositivos sem que as vítimas sequer atendessem as chamadas.

O grupo de spyware tentou argumentar que não havia concordado com os termos de serviço do WhatsApp — que, por sinal, proíbem o uso malicioso da plataforma. Mas a juíza não comprou essa história.

O senso comum mostra que [a NSO] teve que acessar o WhatsApp primeiro para instalar seu spyware”, afirmou Hamilton, destacando a falta de explicações plausíveis por parte da empresa.

Além disso, a NSO não entregou documentos importantes durante o processo, como o código-fonte do Pegasus e comunicações internas. Essa postura levantou sérias dúvidas sobre sua transparência.

Emily Westcott, porta-voz da Meta, comemorou a decisão, dizendo que ela manda um recado claro às empresas de spyware: “Suas ações ilegais não serão toleradas”.

Will Cathcart, chefe do WhatsApp, chamou a decisão de uma “grande vitória para a privacidade” em um post no X (antigo Twitter).

O caso segue para julgamento em março de 2025, quando será decidido quanto a NSO terá que pagar ao WhatsApp.

Enquanto isso, a NSO mantém o discurso de que seu spyware ajuda na luta contra crimes e ameaças à segurança nacional — mas, por enquanto, essa narrativa não está colando.

O Que Isso Significa?

Essa vitória não é apenas do WhatsApp, mas de todos que lutam pela privacidade online. Fica claro que mesmo gigantes da tecnologia precisam se posicionar contra práticas abusivas.