Enquanto diversas plataformas sociais, como o X, Meta e TikTok, enfrentam pressões regulatórias e críticas públicas sobre seu tratamento de conteúdo inflamatório, desinformação e mídia relacionada a eventos envolvendo o Hamas e Israel, Pavel Durov, CEO do Telegram, gerou controvérsias ao defender a política da sua plataforma de mensagens, que não remove certas coberturas sensíveis de eventos de guerra, alegando que ela pode ser uma importante fonte de informação.
Durov distinguiu o Telegram das redes sociais, argumentando que os usuários só veem o conteúdo ao qual se inscrevem, embora esse ponto ignore como o conteúdo no Telegram pode ser compartilhado.
Em sua postagem recente na plataforma, Durov declarou que os moderadores e as ferramentas de IA do Telegram removem milhões de conteúdos prejudiciais de maneira óbvia, mas, ao mesmo tempo, defendeu a manutenção de conteúdo sensível relacionado a eventos de guerra.
Durov alegou que a distinção entre conteúdo prejudicial e cobertura de guerra raramente é clara. Ele citou como exemplo o uso do Telegram pelo Hamas para alertar civis em Ashkelon sobre ataques iminentes com mísseis.
Esses comentários surgem em meio ao debate sobre o papel do Telegram na divulgação de informações em conflitos, com críticos especulando que o aplicativo poderia se beneficiar do aumento de tráfego em tempos de crise.
A abordagem do Telegram em relação a conteúdo sensível tem sido consistente ao longo do tempo, defendendo a diferença entre o Telegram e as redes sociais e enfatizando que os usuários recebem apenas o conteúdo que escolhem seguir, tornando o aplicativo menos suscetível à amplificação de propaganda.
No entanto, o Telegram já havia enfrentado controvérsias por ser usado por grupos violentos e ser um foco de desinformação em vários conflitos globais, gerando debates sobre seu papel como plataforma de comunicação.