Na Itália ChatGPT é proibido por coletar dados injustificada

O ChatGPT foi proibido pelas Autoridade de Proteção de Dados da Itália de funcionar no pais até o chatbot parar de coletar dados pessoais de usuários italianos. Caso a OpenAI não compra com a decisão em no máximo 20 dias, deverá pagar multa de 20 milhões de euros, ou de 4% de seu faturamento global.

Uma investigação foi aberta pela agência reguladora para apurara o vazamento de dados de assinantes da inteligência artificial regenerativa que ocorreu no dia 20 março. Segundo a agência, não exite um fundamento legal para coletar e armazenamento em massa de dados pessoais para “treinar” os algoritmos da plataforma.

O Regulamento Geral sobre a Proteção de Dados da União Europeia exige consentimento dos usuários para a coleta de dados. As regras foram usadas pela autoridade italiana para bloquear o funcionamento da IA do aplicativo Replika em fevereiro.

O chatbot foi considerado arriscado para menores, pois gera um “amigo virtual”, que propõe respostas inadequadas à idade deles e não possui filtros para limitar o acesso a menores. Segundo o orgão, não respeita os princípio de transparência.

 

Pedido de pausa na IA

 

O banimento do ChatGPT na Itália ocorre após polêmicas envolvendo inteligência artificial, incluindo uma falha de segurança e um pedido de “pausa” na tecnologia. Uma carta assinada por Elon Musk, um dos cofundadores da OpenAI, e mais executivos e especialistas, definiu que a IA é um risco para a humanidade e seu desenvolvimento deve ser pausado.

Na carta, os autores defendem que os laboratórios de IA estão numa corrida desenfreada para desenvolver mentes digitais cada vez mais poderosas. Mas nem mesmo os seus criadores podem entender, prever ou controlar a tecnologia.

 

A pausa seria necessária para “desenvolver e implementar em conjunto um leque de protocolos de segurança, para o design e desenvolvimento de Inteligência Artificial avançada”. De acordo com a carta, os responsáveis pelo desenvolvimento destes softwares devem trabalhar em conjunto com legisladores para acelerar a criação de sistemas governamentais de controle dos algoritmos.