Em algumas cidade do Brasil já pode ser experimentada a ultra velocidade, devido ao lançamento de redes dentro das frequências existentes, baseadas em uma tecnologia chamada DSS (compartilhamento dinâmico de espectro, na sigla em inglês), de forma dinâmica, o espectro 3G e 4G não usa para prestar serviços 5G
Os primeiros testes apontam para velocidades entre 100 Mbps e 400 Mbps, demonstrando sua eficiência acima da melhor rede 4G de telefonia. O 5G DSS ainda demanda de uma banda continua e dedicada para ser considerada experiência pura, mas o 5G permitirá uma taxa de transmissão de dados para os telefones até centenas de vezes maior do que a atual, já na cada dos gigabytes por segundo, e uma latência (teórica) de até 1 milissegundo – atualmente com o 4G, a latência chega perto de 60 milissegundos.
Brasília atualmente é a cidade considerada mais “coberta”, por receber o lançamento dos testes 5G DSS, das quadros principais operadoras do Brasil são elas TIM, VIVO, Claro e Oi, em São Paulo e Rio de janeiro possuem também pontos com ultra velocidade, bem como Belo Horizonte, Salvador, Curitiba, Belém, Goiânia, Manaus, Porto Alegre, São Luís, Rio Verde (GO), Campinas (SP), Guarulhos (SP), Santo André (SP), Santos (SP), São Bernardo do Campo (SP) e São Caetano do Sul (SP).
É preciso responder muitas perguntas e resolver muitos problemas antes de implantar a tecnologia 5G, principalmente aqui no Brasil, onde temos algumas particularidades e especificidades em relação a outros países, como o Estado Unidos, por exemplo, aqui já foi verificado que ocorrem muitas interferências nas antenas parabólicas, muito utilizadas por grande parte da população. Alguns testes estavam sendo realizados antes da pandemia do coronavírus e precisam ser retomados quando for possível. É preciso testar mais e verificar qual o melhor jeito de equacionar este e outros problemas.
Além disso, a tecnologia 5G necessita de pelo menos dez vezes mais antenas que a tecnologia 4G, hoje amplamente utilizada no Brasil. Isso significa que serão necessários investimentos volumosos das empresas para melhorar e ampliar a estrutura. Fazendo um paralelo, precisamos construir as estradas de alta velocidade antes de colocar um carro de alta velocidade para andar, ou seja, é preciso, antes, instalar milhares de antenas e cabos ópticos que serão necessários para suportar está super estrutura, senão, não haverá sentido trazer a tecnologia 5G. E nisso o leilão das faixas de frequências são fundamentais, para inserir a obrigatoriedade de investimentos, possibilitar que sejam criadas as “estradas” de alta velocidade com a implantação das antenas para o 5G e o ajuste das regras de uso dos postes, permitindo mais ocupantes por poste. Estas ações permitiriam que a infraestrutura e as políticas públicas chegassem com mais rapidez onde é necessário.