Novo centro de IA em Goiás pretende processar 20 TB de dados por mês

A UFG Universidade Federal de Goias inaugurou uma infraestrutura nova, com tecnologia da NVIDIA para poder desenvolver projetos de inteligência artificial (IA). O CEIA (Centro de Excelência em Inteligência Artificial) da UFG será a primeira instituição da América Latina a usar a versão inédita do supercomputador NVIDIA DGX A100. Esse equipamento tem 80 GB de memória é considerado o servidor de IA mais veloz do mundo, com uma potência de processamento equivalente ao de 100 mil computadores convencionais, parecido com aqueles que as pessoas utilizam em casa ou no escritório. A ideia é utilizar a máquina poderosa em projetos de automação de textos jurídicos, sintetização de voz artificial e reconhecimentos de fala.

Anderson da Silva Soares,o Coordenador do Centro de Excelência em IA da UFG, comenta: “Atualmente é difícil realizar projetos de IA de ponta sem o uso de GPUs potentes e modernas como a NVIDIA A100. A DGX será utilizada 24 horas por dia, 365 dias por ano, com toda sua capacidade comprometida até meados de 2023. Esperamos processar algo em torno de 20 TB de dados por mês”.

O supercomputador foi adquirido com os investimentos da Fundação de Amparo á Pesquisa do Estado de Goias e com recursos do governo estadual, o supercomputador custou R$1,4 milhão. Mas segundo a UFG, já foram fechados contratos que arrecadaram um valor superior ao que foi investido, com retorno previsto até final de 2022.

Em 2017 uma versão anterior da GPU(uma DGX-1) foi adquerida, e trouxe um retorno direto oito vezes maior que o dinheiro investido para sua compra.
Com esse novo modelo DGX A100, a ideia é usar toda a capacidade de processamento não só para pequisa, mas em projetos de indústrias também.

Soares acrescenta “O Brasil todo se beneficiará muito desse avanço tecnológico. Os alunos, pesquisadores e cientistas de dados poderão exercer suas pesquisas de forma prática e muito mais eficiente. Ao mesmo tempo, as empresas têm a possibilidade de se tornarem mais competitivas no mercado, já que contam com profissionais melhores e podem criar projetos de inovação avançados”.

O equipamento da NVIDIA é um sistema universal que pode ser usado para todas as cargas de trabalho de IA, oferecendo densidade de computação, desempenho e flexibilidade com capacidade 5 petaFLOPS de processamento. Integrando oito GPUs A100 com até 640 GB de memória, o sistema é totalmente otimizado para o software
NVIDIA CUDA-X.

O supercomputador tem adaptadores de rede Mellanox ConnectX-6 com 500 gigabytes por segundo de largura de banda bidirecional. As CPUs AMD 64 Dual Core possuem 3,2 vezes mais núcleos para impulsionar trabalhos de inteligência artificial mais intensivos e complexos.

Segundo a NVIDIA, empresas grandes, provedores de serviços e agências governamentais utilizam o DGX A100 em sistemas automatizados de transporte, saúde e manufatura, além de instituições de ensino e centros de pesquisa focados no desenvolvimento de aplicações de inteligência artificial.